Redes Sociais e Saúde Mental: Impactos e Reflexões

Além disso, a exposição a discursos de ódio, cyberbullying e mensagens mal interpretadas pode provocar mudanças de comportamento e conflitos dentro de casa. O uso das redes sociais está profundamente enraizado no cotidiano das pessoas. Ferramentas como Instagram, Facebook, TikTok e outras plataformas digitais se tornaram espaços de convívio, trabalho, lazer e expressão pessoal. Estudos mostram que pessoas que passam muito tempo online estão mais propensas a experimentar problemas de autoestima e sensação de inadequação, especialmente quando se comparam com a vida idealizada que veem nas redes sociais. Além disso, a solidão e o estresse podem levar as pessoas a buscar conforto nas interações online, o que pode intensificar a dependência digital. E sua prevenção exige consciência e mudança de hábitos, como limitar horários de uso do celular e priorizar atividades offline.

O cérebro em desenvolvimento é mais vulnerável à dopamina liberada por likes, curtidas e recompensas rápidas nos jogos e redes sociais. Além disso, o excesso de exposição compromete o desenvolvimento social, emocional e cognitivo. Ainda a considerar, nesta panóplia ligada ao uso desregulado da Internet, a questão das compras à distância, que se estima poder afectar uma em cada 20 pessoas familiarizadas com o online. Existem várias estratégias que podem ajudar a combater a dependência digital. Estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos e criar zonas livres de tecnologia em casa são boas práticas. Sim, a dependência digital pode ser tratada através de terapia, grupos de apoio e mudanças de hábitos.

Cérebro e Controle: Será Que Você Escolhe Seus Pensamentos?

O uso excessivo de redes sociais pode ter um impacto negativo significativo na saúde mental dos usuários. Estudos sugerem que a comparação constante com a vida de outras pessoas pode levar a sentimentos de inadequação e depressão. A dependência digital refere-se ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como smartphones, computadores e tablets, até o ponto em que isso afeta negativamente a vida da pessoa. Ela se caracteriza pela compulsão em verificar e usar esses dispositivos, podendo levar a um comportamento semelhante ao vício em substâncias.

Combater a dependência digital envolve estratégias como estabelecer limites de uso, promover atividades offline e praticar mindfulness. É importante que os indivíduos reconheçam a gravidade do problema e busquem apoio quando necessário. No contexto da dependência digital, é vital compreender como a recuperação pode afetar aqueles que buscam ajuda. Se você ou alguém que conhece luta contra os desafios associados ao uso excessivo da tecnologia, considere explorar opções de apoio. Para opções de tratamento, consulte nossa clínica especializada e encontre o suporte necessário para superar essas dificuldades.

O vício em redes revela a busca constante por aprovação e a dificuldade de lidar com a rejeição. A construção de identidades idealizadas e o medo da exclusão geram sintomas psíquicos silenciosos, mas profundos. A psicanálise contribui de forma profunda para a compreensão desse fenômeno. Por meio da escuta, ela permite acessar os processos inconscientes que levam ao uso compulsivo das redes.

1) Esperar no mínimo até os 14 anos para que o adolescente tenha um smartphone. Antes disso, ou deixe-o sem ou dê um “dumbphone”, celular sem acesso à internet e interfaces online. ⁠⁠Eu diria que essas plataformas utilizam um sofisticado arcabouço de conhecimentos derivados das ciências comportamentais, que envolvem a psicologia cognitiva, a psicologia social, a economia comportamental e as neurociências. A pessoa tem dificuldade de se desconectar e de viver plenamente no mundo offline”, diz o dr. Mario Peres. Como o cérebro se adapta a comportamentos repetitivos, a exposição a esse tipo de conteúdo leva à criação de automatismos capazes de responder estímulos rápidos e constantes. Dessa forma, existe um reforço do sistema de dopamina semelhante ao que acontece em dependências de substâncias químicas, como álcool e metanfetamina.

Outros sintomas podem envolver irritabilidade e redução de produtividade nas atividades diárias. As causas da dependência digital variam, mas incluem fatores como acesso fácil à tecnologia, necessidade de validação social e ansiedade ou solidão. A busca incessante por interações online e a fuga da realidade podem levar os indivíduos a se tornarem cada vez mais dependentes de seus dispositivos. Também é importante reconhecer os limites do corpo e da mente diante da hiperconectividade. Reservar momentos sem telas e priorizar atividades presenciais ajuda a reduzir a dependência digital.

Por isso, se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas relacionados à dependência digital, considere procurar apoio especializado. Um exemplo é a clínica de recuperação no Espírito Santo, onde profissionais treinados podem oferecer a ajuda necessária para lidar com essa questão de forma eficaz. A dependência digital pode ser causada por vários fatores, incluindo a busca por validação social, acesso instantâneo a informações e entretenimento, e o design viciante de aplicativos e redes sociais. A necessidade de estar constantemente conectado pode criar um ciclo vicioso que é difícil de quebrar.

Relacionamentos

Compreender esses movimentos internos ajuda o sujeito a reencontrar sua autonomia emocional. Fenômenos como a nomofobia, o medo de ficar desconectado, refletem essa nova dependência. As pessoas deixam de memorizar números, perderam o hábito da espera e condicionam a vida à tecnologia, o que compromete a autonomia e o equilíbrio psíquico. O podcast Sua Saúde, desenvolvido pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), tem como objetivo educar, informar e engajar a população sobre diversos temas relacionados à saúde. Em cada episódio, especialistas reconhecidos pelo CRM-SC exploram assuntos relevantes e de interesse público, apresentando informações de forma acessível e didática. Os novos episódios são lançados as terças e sextas-feiras, às 18h, nos canais do CRM-SC no YouTube (@Crmsc1) e no Spotify (CRM-SC

O que a dependência digital provoca?

Sintomas da dependência digital

A busca por aceitação e status nas redes sociais pode levar os indivíduos a um uso excessivo de plataformas digitais. Além disso, a fácil disponibilidade de dispositivos e acesso à internet facilita o vício desde a infância. A dependência digital está associada a vários problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão e solidão. O uso excessivo de redes sociais pode exacerbar sentimentos de inadequação e comparação, levando a um ciclo vicioso de uso intenso e mal-estar emocional. A desregulação emocional também é comum entre aqueles que não conseguem moderar seu uso de Dependência Química tecnologia.

Para Lopes, as redes sociais precisam de atenção redobrada durante esses períodos da vida, já que são projetadas para prender o usuário por meio de recompensas instantâneas, como curtidas e notificações. “Quando a maior parte dessa formação acontece no ambiente digital, que é cheio de padrões irreais e estímulos constantes, os impactos podem ser profundos e duradouros”, explica o docente. O tratamento psicanalítico pode ser uma ferramenta poderosa para compreender os impactos das redes sociais na saúde mental. A relação entre subjetividade e ambiente digital é complexa e merece atenção.

Além de tratamento medicamentoso, caso haja necessidade, sessões de terapia são fortemente recomendadas para ajudar o (a) paciente a entender sua situação, para que haja, a partir dali, uma relação diferente com a tecnologia. Especialistas apontam, inclusive, semelhanças entre a dependência de eletrônicos e a de álcool e drogas. Isso porque, quando os (as) pacientes são privados do uso e acesso, apresentam sintomas e sentem um medo irracional de ficar sem seus aparelhos. A desigualdade, a violência doméstica e a fragilidade dos vínculos familiares tornam crianças e adolescentes ainda mais vulneráveis ao domínio das telas. Becker também apontou que o conteúdo acessado pelas crianças nas redes sociais não é neutro. Ao contrário, é manipulado por algoritmos com objetivos comerciais, que retêm a atenção com vídeos curtos, mensagens de ódio e padrões irreais de beleza e consumo.